quarta-feira, 15 de outubro de 2014

0comentários

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

País desenvolvido gasta 3 vezes mais com aluno do que o Brasil

0comentários

País desenvolvido gasta 3 vezes mais com aluno do que o Brasil

O Estado de S. Paulo
09 Setembro 2014 | 11h 49

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) calculou despesas com educação em 44 nações


SÃO PAULO - O Brasil aumentou o total de verbas destinadas à educação nos últimos anos, mas o gasto por aluno no País é um terço do investimento feito pelas nações desenvolvidas. Isso é o que aponta um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira, 9.


De acordo com o levantamento, o gasto público com cada estudante brasileiro em 2011 foi de US$ 2.985, o que corresponde a R$ 6.789. Já nos países desenvolvidos, o montante de verbas por aluno foi cerca de três vezes maior naquele ano: US$ 8.952, o que corresponde a R$ 20.360.

A OCDE calculou os investimentos públicos de 34 países que compõem a entidade, além de dez parceiros, entre eles o Brasil. Da lista, somente a Indonésia gasta menos do que o governo brasileiro por estudante. Entre as nações com maior investimento per capita estão Estados Unidos, Áustria, Holanda e Bélgica, com despesas na área superiores a R$ 10 mil.

Segundo a entidade, entre 1995 e 2011 os gastos com cada estudante de ensino superior cresceram em todos os países, menos no Brasil e outros cinco. A OCDE ainda aponta que a maioria dos investimentos do governo brasileiro em educação está concentrada no ensino superior.

Por outro lado, o documento aponta que o Brasil emprega mais recursos do que os outros países na área. Enquanto a média da ODCE foi de 13% de todo o gasto público em educação, o governo brasileiro investiu 19% no setor. A fração do Produto Interno Bruto brasileiro investida na educação em 2011, segundo a OCDE, foi de 6,1%.

Admissão. O ministro da Educação, Henrique Paim, reconheceu que os recursos investidos em educação, apesar de terem crescido, ainda são baixos,. Ele destacou, porém, que há perspectivas de melhora.

“É pouco, mas temos perspectivas de melhorar. Temos um PNE (Plano Nacional de Educação) aprovado que define que nos próximos 10 anos teremos de chegar a 10% do Produto Interno Bruto”, disse. “E também há uma fonte de financiamento definida por lei onde 75% dos recursos dos royalties do petróleo e 50% dos recursos do pré-sal para educação”, completou.

De acordo com dados do Ministério da Educação, o valor por aluno investido cresceu 181% nos últimos 10 anos. Nas séries iniciais, 198,6%, do 5.º ao 9.º ano, 173,9%, e no ensino médio, 197%.

Ganhos. O estudo da OCDE também mostra que o Brasil é um dos países onde há maior diferença nos salários de acordo com o nível de formação. Adultos sem o ensino médio ganham, no máximo, 35% menos que aqueles que concluíram essa etapa de ensino.

Já aquele com diploma de ensino superior ganha o dobro do salário do empregado que tem só o ensino médio. Isso, segundo a OCDE, indica a demanda por mão de obra qualificada e a vulnerabilidade dos trabalhadores sem estudo.

Compartilhar

domingo, 7 de setembro de 2014

EDITORAS VEEM PARALISIA DE GOVERNOS

0comentários
Vejam Link Abaixo:


http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/09/1510867-editoras-veem-paralisia-de-governos.shtml

Oito visões sobre a crise na USP

0comentários
Veja o link abaixo, sobre Oito visões sobre a crise na USP:




http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/09/1512300-oito-visoes-sobre-a-crise-da-usp.shtml

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

ENSINO MÉDIO PIORA EM 16 ESTADOS E FICA ABAIXO DA META ESTABELECIDA PELO GOVERNO.

0comentários
Vide link abaixo:
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2014/09/1511466-ensino-medio-piora-apesar-de-promessas-de-governo.shtml



segunda-feira, 25 de agosto de 2014

0comentários

Professora tenta suicídio duas vezes após agressões de alunos
Comentários 86

Ricardo Senra e Renata Mendonça
Da BBC Brasil, em São Paulo
Compartilhe57615
Imprimir Comunicar erro
  • BBC Brasil
    A professora Liz*, que diz ter sido atacada diversas vezes por alunos, pediu para não se identificar por medo de represálias A professora Liz*, que diz ter sido atacada diversas vezes por alunos, pediu para não se identificar por medo de represálias
"Dou aula de porta aberta por medo do que os alunos possam fazer. Não dá para ficar sozinha com eles", diz Liz*, professora de inglês de dois colégios públicos da periferia de São Paulo.

Em 15 anos de aulas tumultuadas e sucessivas agressões (de ameaças de morte a empurrões e tapas na frente da turma), a professora chegou a tentar suicídio duas vezes – primeiro por ingestão de álcool de cozinha, depois por overdose de remédios.

"Me sentia feliz quando comecei a dar aulas. Hoje, só sinto peso, tristeza e dor", diz.

A violência contra professores foi destacada por internautas em consulta nas redes sociais promovida pelo #salasocial, o projeto da BBC Brasil que usa as redes para obter conteúdo original e promover uma maior interação com o público.

Em posts no Facebook e no Twitter, leitores disseram que a educação deveria merecer mais atenção por parte dos candidatos a cargos públicos.

Segundo o psiquiatra Lenine da Costa Ribeiro, que há 25 anos faz sessões de terapia coletiva com educadores no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, o trauma após agressões é o principal motivo de licenças médicas, pânico e depressão entre professores. "Mais do que salários baixos ou falta de estrutura", ressalta.

O problema, de acordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, seria resultado da desvalorização contínua do professor, do descompasso entre escolas e expectativas dos alunos e de episódios de violência familiar e nas comunidades.


Lápis afiado
 

A primeira tentativa de suicídio aconteceu assim que Liz descobriu que estava grávida. "Quando vi que teria um filho, fiquei desesperada. Eu não queria gerar mais um aluno", diz a professora, que bebeu álcool de cozinha e foi socorrida pela mãe.

A segunda aconteceu em abril do ano passado, após agressões consecutivas envolvendo alunos da primeira série de uma escola municipal e do terceiro ano do ensino médio de um colégio estadual, ambos na zona sul de São Paulo.

"Começou com um menino com histórico de violência familiar. Ele atacava os colegas e batia a própria cabeça na parede. Um dia, para chamar minha atenção, ele apontou um lápis bem apontadinho e rasgou o rosto de uma 'aluna especial' que sentava na minha frente", relata.

Ela conta que o rosto da aluna, que tem dificuldades motoras e intelectuais, ficou coberto de sangue. "Violência gera violência", diz Liz, ao assumir ter agredido, ela mesma, o menino de 6 anos que machucou a colega com o lápis.

"Empurrei ele com força para fora da sala. Depois fiquei destruída", conta. Na semana seguinte, diz Liz, um aluno de 16 anos a "atacou" após tentar mexer em sua bolsa.

"Ele disse que a escola era pública e que, portanto, a bolsa também era dele. Eu tentei tirar a bolsa, disse que era minha e então ele pulou em cima de mim na frente de todos", relata.

O adolescente foi suspenso por seis dias e voltou à escola. O mesmo não aconteceu com Liz, que pediu licença médica e se afastou por um ano. "Não me matei. Mas não estou convencida a continuar vivendo", diz.


Quadro negro e giz
 

A professora de inglês diz que a gota d'água para buscar ajuda de um psiquiatra foi quando percebeu que estava se tornando "muito severa" com a própria filha, de 6 anos. "Ali eu vi que estava perdendo a vontade de viver", diz. "A violência na escola é física, mas também é moral e institucional. Isso acaba com a gente", afirma.

A educadora diz que, nas duas oportunidades, não procurou a polícia por "saber que nada seria feito e que os policiais considerariam sua demanda pequena perto das outras".

Para a educadora, o modelo atual das escolas estaria ultrapassado, o que tornaria a situação mais difícil. "Na sala de aula, eu dou aula para as paredes. E se o aluno vai mal, a culpa é nossa. Essa culpa não é minha, eu trabalho com quadro negro e giz. Enquanto isso, os alunos estão com celular, tocando a tela", observa.

Em tratamento contínuo, ela diz que está, aos poucos, se afastando do ensino na rede pública. "Dou aulas particulares também. E estes alunos eu vejo crescendo, progredindo", diz.

Abandonar a escola, diz a professora, seria o caminho para resgatar sua autoestima. "A alegria do professor é ver o progresso do aluno. É gostoso ver o aluno crescer. A classe toda tirar 10 é o maior prazer do mundo, vê-los entrando na faculdade é a nossa alegria", diz. "Mas não é isso o que acontece".

*A pedido da professora, o nome real foi mantido em sigilo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Carta do reitor Marco Antonio Zago da USP dando "boa vindas" aos alunos no segundo semestre letivo

0comentários

Boas vindas para quem se a USP está em greve?

Bem vindos ao segundo semestre de 2014

Aos estudantes da Universidade de São Paulo,

Quero dar-lhes as boas vindas neste início do segundo semestre letivo e aproveitar este momento para divulgar algumas das iniciativas da Universidade, que miram reafirmá-la como a maior e mais vigorosa da América Latina. Há 80 anos, a USP é exemplo de instituição pública que formou e continuará formando cidadãos provenientes das mais diversas regiões e origens.

Antes de tudo, temos que comemorar, pois começamos o semestre sob a égide de uma excelente notícia: a volta da EACH ao campus da USP Leste. São cerca de 4.500 estudantes de graduação, além de alunos de pós-graduação, docentes e servidores, que retornam à sua casa. É apenas o começo de uma longa jornada para restaurar os padrões de respeito ao meio ambiente, do qual temos obrigação de ser exemplo, como universidade pública.

Orientada no sentido de aprofundar as conquistas que asseguram, há décadas, o acesso de milhares de estudantes gratuitamente ao melhor ensino superior oferecido no país, a Reitoria enfrenta os desafios de contornar uma séria crise financeira, sem descuidar de inovar e implantar propostas novas, com o objetivo de aprimorar a formação de nosso corpo discente.

As Pró-Reitorias e a Superintendência de Assistência Social (SAS) têm proporcionado, a mais de 6.500 alunos, acesso a diferentes modalidades de bolsas, que permitem sua manutenção na Universidade e consolidam as políticas de permanência estudantil. Necessário ressaltar que, apesar das dificuldades financeiras enfrentadas pela USP, o Conselho Universitário aprovou proposta do reitor de manter os recursos para os programas de permanência estudantil. De fato, vou trabalhar para expandi-los. Vale enumerá-las, dada sua abrangência:

Bolsas / Apoios:

  • Moradia / vaga
  • Moradia / auxílio financeiro: bolsa mensal
  • Auxílio transporte (mensal)
  • Bolsa alimentação (período letivo)
  • Bolsa livros (mensal)
  • Bolsa Aprender com Cultura e Extensão (mensal)
  • Bolsa Ensinar com Pesquisa (mensal)
  • Bolsa Estímulo ao Ensino de Graduação (mensal)
  • Bolsa de Iniciação Científica (mensal)
  • Bolsa da Escola Politécnica (em parceria com a Associação de Engenheiros Politécnicos / mensal)
  • Bolsa Afinal (para alunos da Faculdade de Medicina)
  • Bolsas de Intercâmbio Internacional

Mas são necessários mais projetos com ênfase nos estudantes de Graduação e, por esta razão, estamos implantando iniciativas que focam, por exemplo, o ensino de língua inglesa, o projeto Rugby USP e a Taça USP, estes dois últimos em conjunto com a Liga Atlética da USP (LAAUSP).

Com a mesma intenção, voltamos nossas atenções e energia para o vestibular, aumentamos os bônus para inclusão social já em 2014 e iniciaremos, a partir deste semestre, a discussão sobre os mecanismos alternativos de ingresso na Universidade. Uma instituição pública como a USP, em um país como o Brasil, precisa acolher mais estudantes que, sem ações planejadas, não teriam oportunidade de cursar esta que é uma referência não só no ensino, mas em pesquisa, cultura e extensão.

Nossa Pós-Graduação é a maior do Brasil: temos, hoje, 25.460 alunos (11.624 de Mestrado e 13.836 de Doutorado), matriculados em 257 programas credenciados pela Capes. Os programas da USP representam 7% dos programas de pós-graduação do país e correspondem a 33% entre aqueles que recebem a melhor avaliação e que são considerados de excelência internacional. As melhores teses defendidas na USP recebem, anualmente, o prêmio “Tese Destaque USP”, já em sua terceira edição.

Mais de 70% dos pós-graduandos recebem bolsas das agências de fomento federais (CNPq e Capes) e estadual (Fapesp) e de outras instituições. Além disso, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação concede bolsas PAE - Programa de Aperfeiçoamento de Ensino, que permitem a mestrandos e doutorandos participarem, sob a supervisão de docentes, de atividades de ensino na Graduação, aprimorando a sua formação didática. Em 2014, com recursos da Capes, iniciamos a publicação de artigos e livros de autoria de alunos de pós-graduação, fortalecendo a divulgação e a visibilidade da produção científica.

Convicto de que somos uma instituição pública que deve ser cada vez mais acessível a todos, não descuidamos em oferecer atenção aos alunos em diferentes âmbitos. Assim, mossas instalações permitem, de um lado, manter bibliotecas com acervos valiosíssimos, mas também serviços que são fundamentais para nosso corpo discente, como os restaurantes.

Mas, nossa Universidade tem, ainda, o privilégio de ser um polo importantíssimo na vida cultural de São Paulo. Ela abriga quatro museus, uma orquestra sinfônica profissional, uma orquestra de câmara e um coro formado exclusivamente por alunos, além de diferentes grupos corais constituídos por professores, alunos e funcionários, que se apresentam regularmente, ao lado de variadíssima programação de artes visuais, teatro e cinema, sempre acessível a toda a comunidade acadêmica. Creio que é chegada a hora de que os estudantes promovam uma vida cultural muito mais intensa, contando com apoio irrestrito da Reitoria.

Neste semestre, terão continuidade as discussões organizadas para reforma da governança da USP. Sempre foi grande anseio dos estudantes participarem mais ativamente do movimento de democratização da Universidade. Todos os estudantes estão convidados a participar intensivamente dessa fase preparatória, para elaborar as propostas que serão encaminhadas para votação. Conto com a participação de todos, como tive pessoalmente a oportunidade de participar da reforma dos anos de 1968/1969. Sei que os representantes discentes participam, mas isso não é suficiente. Queremos a contribuição de cada um de vocês, pois os estudantes da nossa Universidade têm ideias e propostas e sua voz precisa ser ouvida. Sem intermediários!

Desejo, portanto, que usufruam intensamente de todas as oportunidades que a Universidade tem a oferecer e façam de sua permanência nela uma experiência valiosa, profunda, inesquecível, mas também alegre e de boas lembranças.

Tenham todos um grande semestre!

Cordialmente,

Marco Antonio Zago

Reitor

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Os cem erros de português mais comuns

1 comentários

Os cem erros de português mais comuns

Pesquisa aponta que jovens precisam escrever melhor para conseguir estágio
Educação
17/04/13 14:33 - Atualizado em 17/04/13 19:02

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), em 2012, jovens precisam escrever melhor. Um teste de ditado foi aplicado para 7.219 participantes e o resultado não foi positivo. Desses, dois mil foram eliminados ao escrever de forma errada palavras do cotidiano, como: seiscentos, escassez, artificial, sucesso, licença e censura.
Com base na pesquisa, destaca-se o português como um dos principais fatores de jovens não conseguirem uma vaga de estágio no mercado. Para não fazer feio, confira uma lista com os 100 erros mais comuns divulgada pelo Estadão:
1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.
2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.
3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.
4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos.             / Sobravam ideias.
5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.
6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.
7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.
8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.
9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.
10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.
11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.
12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.
13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.
14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar), "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro).
15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.
16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.
17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.
18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.
20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.
21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.
22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.
23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.
24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.
25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.
26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.
27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.
28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.
29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.
30 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.
31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho).
32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?
33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: "Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.
34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.
35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.
36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.
37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.
38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.
39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.
40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.
41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.
42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.
43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.
44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.
45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.
46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.
47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.
48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.
49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.
50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me").
51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.
52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.
53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos.
54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.
55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.
56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.
57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.
58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).
60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.
61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)
62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.
63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.
64 - Fique "tranquilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.
65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.
66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
67 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.
68 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.
69 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos").
70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).
71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.
72 - A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.
73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.
74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.
75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.
76 - Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.
77 - Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc.
78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê" etc.
79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.
80 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.
81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que...
82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.
83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.
84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu.
85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).
86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).
87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.
88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.
89 - "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras).
90 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas").
91 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.
92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.
93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.
94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido...
95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si").
96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.
97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg.
98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias...
99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.
100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A diferença entre escola pública e particular é a presença do professor

0comentários

A diferença entre escola pública e particular é a presença do professor

Por Marcelo Soares
01/12/12 10:56

Li uma interessante reportagem da Daniela Arais comparando dados do Censo Escolar 2011 por tipo de escola: “Escolas de até R$ 500 são menos equipadas que as da rede pública“.
O único reparo que eu faria, depois de observar o infográfico, é que não são apenas as escolas particulares mais baratas. As públicas só perdem das mais caras nas quadras esportivas cobertas da rede municipal.
Confira:
Não sou especialista em educação, mas os dados em parte fecham com minha experiência de aluno. Estruturalmente, a rede pública melhorou bastante desde os anos 80, mas o que faz diferença é o professor presente.
Estudei em escola pública praticamente a vida inteira – excetuando a primeira série, porque fui alfabetizado cedo e escolas estaduais não aceitavam matrículas antes dos 7 anos; a sétima série, quando ganhei uma bolsa; e o cursinho pré-vestibular, que paguei com metade do salário mínimo que ganhava por mês como auxiliar de contabilidade. De resto, do jardim de infância à formatura em jornalismo, estive na escola pública.
Minha maior reclamação era em relação à estrutura, claro. Na escola onde fiz a maior parte do primeiro grau, em Porto Alegre, certa vez uma tábua desabou do forro entre duas filas de carteiras. A estrutura foi decaindo gradualmente. Lá por 1988, por algum motivo, a biblioteca fechou. Meus irmãos mais novos não puderam aproveitar a biblioteca tanto quanto eu pude. A quadra esportiva não era coberta, mas nos anos 80 tomar uma chuvinha de vez em quando não era nenhuma calamidade como parece ser hoje.
Na escola onde fiz o segundo grau, o ensino era excelente; o problema era a disponibilidade dos professores. Nos dois anos em que estudei à noite, a falta de docentes para algumas disciplinas – especialmente as mais técnicas. Acho que tive quatro professores diferentes de Contabilidade e Custos em dois anos.
Greves dos professores eram uma constante desde sempre, aliás.
A primeira que peguei foi em 1985, quando eu estava na terceira série. Durou três meses, salvo engano. Uma eternidade aos oito anos. Lembro de uma tarde em que estava de bobeira em casa por causa da greve e o então presidente José Sarney entrou em rede nacional anunciando a mudança da moeda, do cruzeiro para o cruzado. Fiquei impressionadíssimo.
A última greve que peguei foi em 2002, quando eu estava tentando terminar a faculdade de jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A matrícula do segundo semestre foi só em 19 de setembro, na manhã seguinte a um memorável show do Deep Purple no Gigantinho. Sequer troquei de roupa entre o show e a matrícula.
Na escola particular onde estudei na sétima série, não houve greve e nunca desabou uma tábua no meio da classe; essa a principal diferença que encontrei na minha experiência. Fora o poder aquisitivo comparativo de alguns colegas, não percebi grande diferença. Aprendi tanto quanto numa e noutra. Tive sorte? Talvez. Mas não tenho certeza.
Os dados do Censo Escolar levantados pela Folha mostram que, em termos de estrutura, um quarto de século depois do dia em que a tábua desabou ao lado do meu braço, as escolas públicas estão na média melhores do que muitas particulares.
O problema, de acordo com a análise de Naércio Aquino Menezes Filho, professor do Insper  e da USP, continua sendo o mesmo que o menino Marcelo constatou nos anos 80: o problema da escola pública é a falta de professores. Ou porque se licenciam, ou porque fazem greve, ou porque simplesmente não comparecem.
“Se isso ocorresse em uma escola privada os professores faltantes fatalmente seriam demitidos. Caso contrário, os pais iriam reclamar e, no limite, a escola iria à falência. Isso não ocorre no sistema público, no entanto. Os pais não têm para quem reclamar e os diretores e secretários não têm o que fazer porque a legislação no setor público é muito restritiva”, escreve o pesquisador.
Não é diferente do que eu percebia como aluno. Também não é diferente do que a menina catarinense Isadora Faber vive denunciando em sua página do Facebook, o “Diário de Classe“, atraindo pedradas reais e metafóricas.
Claro que as escolas públicas têm problemas. Muitos. Mas eles não se resolvem exatamente mudando os filhos para a escola privada, embora isso seja uma decisão bastante legítima e razoável. Se tivéssemos mais pequenas Isadoras nas escolas públicas, mais pais presentes como os dela parecem ser, talvez a mudança cultural tomasse menos tempo.
EDITADO: Obviamente, sei dos péssimos salários que os professores recebem e imagino que cativar uma turma de adolescentes cheios de distrações não deva ser fácil. Tenho um respeito e gratidão imensos pelos professores, especialmente os da rede pública, onde estudei por vinte anos. Suponho que melhorar as condições salariais e profissionais dos professores possa ajudar a melhorar a situação, mas não conheço estudos que mostrem diferenças gritantes de qualidade na rede pública entre Estados que pagam melhor e Estados que pagam pior. Por outro lado, prejudicar o aluno por causa dos maus salários me parece cruel. Em sua opinião, como melhorar essa situação? Conte aqui nos comentários.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dilma gasta mais com Bolsa Família do que Educação Básica

0comentários

Dilma gasta mais com Bolsa Família do que Educação Básica


dilma2


Desde que tomou posse como presidente da República em janeiro de 2011, Dilma Rousseff investiu mais no programa Bolsa Família do que em Educação Básica, segundo o Portal da Transparência do governo.
Os gastos com a transferência de dinheiro que garante “agradecimento nas urnas” já superam os R$ 64,9 bilhões, quase 20% a mais do destinado para educação das crianças do País no mesmo período.
O ex-presidente Lula, mentor de Dilma, gastou R$ 47,8 bilhões com Bolsa Família em seu segundo mandato, 60% mais que em Educação.
Segundo dados do Banco Central, o valor gasto pelo governo Dilma com Bolsa Família é superior aos lucros dos bancos no Brasil em 2013.
 Lançado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 20 de outubro de 2003, o Bolsa Família  completa dez anos como o principal programa de seguridade social do país.
De acordo com os dados do governo federal, o Bolsa Família contempla 13,8 milhões de famílias,  cerca de 50 milhões de pessoas.
fonte: Diário do Poder, Portal Transparência.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Alunos brasileiros ficam entre os últimos em teste de solução de problemas

0comentários

Alunos brasileiros ficam entre os últimos em teste de solução de problemas

Do UOL, em São Paulo
Os estudantes brasileiros ficaram em 38° lugar entre jovens de 44 países em um teste de solução de problemas matemáticos feito pela OCDE (Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico) e divulgado nesta terça-feira (1°).
Enquanto os alunos de países da OCDE tiveram média de 500 pontos na avaliação, os jovens brasileiros atingiram em média apenas 428 pontos. O relatório mostra ainda que 47,3% dos brasileiros tiveram baixa performance e só 1,8% conseguiu solucionar problemas de matemática complexos.

A avaliação foi aplicada a jovens de 15 anos de todo o mundo e é parte do relatório do Pisa 2012 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). Os jovens de Cingapura, Coreia do Sul e Japão ficaram nas primeiras posições do ranking.
O desempenho dos alunos brasileiros ficou abaixo ainda do de jovens da Rússia, de Portugal, da Croácia e do Chile.
Meninos tiveram desempenho melhor que as meninas na prova de matemática. Em média, a diferença foi de 22 pontos. Entre estudantes dos países da OCDE, a variação é de, em média, 7 pontos.


Confira o ranking completo
  • 1° lugar - Cingapura - 562 pontos
  • 2° lugar - Coreia do Sul - 561 pontos
  • 3° lugar - Japão - 552 pontos
  • 4° lugar - China - Macau - 540 pontos
  • 5° lugar - China - Hong Kong - 540 pontos
  • 38° lugar - Brasil - 428 pontos
  • 39° lugar - Malásia - 422 pontos
  • 40° lugar - Emirados Árabes Unidos - 411 pontos
  • 41° lugar - Montenegro - 407 pontos
  • 42°lugar - Uruguai - 403 pontos
  • 43° lugar - Bulgária - 402 pontos
  • 44° lugar - Colômbia - 399 pontos

Aluno da rede pública, qual o principal problema da sua escola?

0comentários

Aluno da rede pública, qual o principal problema da sua escola?

9.129 votos

segunda-feira, 24 de março de 2014

Em SP, 46% dos alunos admitem ter passado de ano sem aprender a matéria

0comentários

Em SP, 46% dos alunos admitem ter passado de ano sem aprender a matéria

Camila Maciel
Da Agência Brasil
Quase metade (46%) dos alunos da rede estadual de ensino do estado paulista admite que já passou de ano sem ter aprendido a matéria, indica pesquisa divulgada hoje (24) pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Além disso, o levantamento que avalia a qualidade da educação das escolas no estado mostra que 94% dos pais, 75% dos alunos e 63% dos professores criticam a progressão continuada.
Ampliar


Facebook: veja supostas "pérolas" de respostas dadas por estudantes em provas26 fotos

26 / 26
Dois dias depois do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2013, já estava na internet uma suposta redação com o tema "Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil". O "candidato" faz um tempo que confunde a lei que proíbe beber e dirigir com a seca por falta de chuva Leia mais Reprodução
Foram feitos oito grupos de discussão e 2,1 mil entrevistas, divididas em três grupos: professores de escolas estaduais de ensino fundamental e médio, alunos de 14 anos ou mais dessas escolas e os respectivos pais ou mães. A pesquisa foi encomendada pelo sindicato ao Instituto Data Popular.
O estudo mostra também que, em média, os estudantes ficaram sem aula seis vezes ao mês devido à falta de professor. Além disso, 64% indicam que esse horário vago não é preenchido por um professor substituto.
Em relação ao maior problema enfrentado atualmente na rede escolar, a falta de segurança foi o item mais destacado pelos três segmentos de entrevistados. Esse é o principal entrave para 32% dos professores, 37% dos pais  e 25% dos alunos

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Vejam 10 maneiras para acompanhar a vida escolar de seus filhos

0comentários

Vejam 10 maneiras para acompanhar a vida escolar de seus filhos


CategoriaSugestões serão discutidas no evento Um Dia na Escola do Meu Filho, que acontece nesse sábado (22)

  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 10: Incentive a criança a sempre tentar de novo, a ler com atenção e refazer os exercícios. Faz parte do processo de aprendizagem as várias tentativas
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Veja 10 dicas para participar da vida escolar e ajudar seu filho nos estudos
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Alexandre Silva e sua filha Maria Eduarda
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 1: O melhor horário para fazer a lição é diferente para cada criança. Estabeleça um período fixo para as tarefas e respeite o tempo de descanso e os intervalos das refeições
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    André Luiz Dias Filho e o pequeno Bruno Dias
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 2: Em uma casa, é difícil estabelecer a lei do silêncio. De qualquer forma, na hora da lição, reserve um espaço com pouca movimentação e sem interferências de TV, rádio ou música
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    O pai Cícero Paulo Flausino acompanhando seu filho Vitor Flausino
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 3: Na sala de aula, cada aluno tem direito a uma carteira. Em casa, não deve ser diferente. Separe para seu filho um lugar para os estudos
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Daniel Alves de Moura com Gabriel Gomes de Moura em seus braços
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 4: A tecnologia é parceira da educação, mas o livro ainda é o principal material didático do seu filho. Por isso, deixe o computador e o tablet para depois das tarefas
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Jairo Teixeira Junior com sua filha Samara Vidalgo Teixeira
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 5: Toda ajuda é sempre bem-vinda, mas alguns pais acabam fazendo o trabalho dos filhos, quando o ideal é fazer junto com eles. Incentive-os a conquistar autonomia
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    José Guilherme Lemes com seu filho Gustavo Fonseca Lemes
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 6: Não saber responder às dúvidas de seus filhos não é o fim do mundo. Para não correr o risco de cometer erros, o melhor é encaminhá-las ao educador
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Luciano Aparecido Vaqueiro faz pose com sua filha Safira Maria Campos
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 7: O processo de aprendizagem varia de criança para criança. De nada adianta estabelecer metas inatingíveis. Reconheça os limites de seu filho e o encoraje a melhorar
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Manuel Messias recebe o carinho dos filhos Enrico Messias e Manuela Messias
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 8: Mantenha um canal de comunicação efetivo com a escola de seu filho, buscando informar-se com o professor sobre as tarefas de casa
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Bianca Félix Brancalhão abraça seu pai Márcio Teixeira Filha
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 9: Troque ideias com seu filho, fazendo perguntas para ajudá-lo. Nunca apague os erros e dê a resposta certa. Lembre-se que a correção é papel do professor
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Laura Carneiro e seu pai Vanderlei da Rocha Carneiro
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Dica 10: Incentive a criança a sempre tentar de novo, a ler com atenção e refazer os exercícios. Faz parte do processo de aprendizagem as várias tentativas
  • Foto: A2 Fotografia / José Luis da Conceição
    Veja 10 dicas para participar da vida escolar e ajudar seu filho nos estudos


A participação dos pais na vida escolar dos filhos é uma forma eficaz de incentivar a criança e garantir um bom desempenho nos estudos. A Educação consultou os especialistas da maior rede de ensino do País, que formularam 10 dicas de ações que repercutem de forma positiva no processo de aprendizado dos estudantes. As sugestões serão discutidas nesse sábado (22), durante o evento Um Dia na Escola do Meu Filho, uma “reunião” entre pais e mestres, que acontecerão em todas as cinco mil escolas estaduais de São Paulo.
Siga a Secretaria da Educação no Twitter e no Facebook
O evento pretende aproximar ainda mais a comunidade da vida escolar dos estudantes. Na primeira edição de 2014, o tema central é a participação das famílias no combate a um dos principais gatilhos dos conflitos escolares: o bullying.
Durante todo o dia, as escolas foram orientadas a preparar atividades especiais, como palestras, visitas às dependências da unidade, exibição de filmes e gincanas. O objetivo é mostrar as ações desenvolvidas nas escolas e apresentar o funcionamento de estruturas como o Conselho da Escola, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Escolar. Cada unidade escolar é responsável por definir a programação e também serão distribuídos panfletos com as 10 orientações simples que podem ser aplicadas no dia a dia (veja na galeria de fotos).
Boletim online
Além do evento, os pais podem acompanhar a vida escolar de seus filhos por meio do boletim escolar, distribuído bimestralmente nas versões online e impressa a todos os quatro milhões de alunos da rede. Para acessar, é necessário apenas informar o número do Registro do Aluno (RA) aqui no Portal da Educação. Acesse aqui!
"A parceria entre escola e família é a base para a formação de qualidade dos nossos alunos. Aplicamos um questionário a cerca de 1 milhão de estudantes e constatamos que 70,3% deles recebem ajuda dos pais na hora da lição de casa. A Secretaria dispõe de muitos recursos que possibilitam essa aproximação, sempre incentivada pelas nossas diretorias de ensino”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Falta de professores prejudica 3 milhões de alunos em SP, diz sindicato

0comentários

Falta de professores prejudica 3 milhões de alunos em SP, diz sindicato


A falta de professores na rede pública de ensino paulista prejudicou cerca de 3 milhões de alunos, estima o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). De acordo com o sindicato, em toda a rede estadual de ensino, cerca de 35 mil professores – contratados temporariamente pelo governo – não trabalharam na primeira semana de aulas deste ano (de 27 a 31 de janeiro). Em toda a rede, existem 260 mil docentes, entre efetivos e temporários.
Segundo a presidenta do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, o problema com os professores temporários ocorreu porque os contratos terminaram depois da data em que deveriam se encerrar, no mês de dezembro. O retorno as aulas foi antecipado para 27 de janeiro, por causa da Copa do Mundo, e na primeira semana os professores ficaram impedidos contratualmente de retornar ao trabalho.

Situação dos professores temporários

  • Marcelle Souza/UOL Professores do Estado de SP relatam situação 'humilhante' para pegar aulas
  • Marcelle Souza/UOL Com nome sujo no Serasa, professor temporário reclama de atraso no salário
  • Arte UOL Em 7 Estados, mais da metade dos contratos de professores são temporários
Para que não haja vínculo empregatício, o governo aplica uma espécie de quarentena nos contratos dos professores temporários, que dura 12 meses. "A situação era para ter sido pior, porque, na orientação do governo, quem tinha feito duas quarentenas seguidas ia fazer intervalo de 200 dias. Nós entramos com liminar contra isso. Temos que exigir que o governo acabe com esses contratos temporários", disse Maria Izabel. "Tem falta de professores, não há uma política de incentivos", acrescentou.
O Ministério Público Estadual, que tem um inquérito aberto desde 2012 para investigar a falta de professores estaduais nas salas de aula, requisitou da Secretaria da Educação um relatório sobre a falta de professores nas escolas.
Em entrevista, o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald admitiu a falta de professores, mas ressaltou que, a partir de hoje, o problema seria resolvido. "O que ocorreu é que os [professores] temporários deveriam ter os contratos necessariamente rescindidos no dia 18 de dezembro para que a quarentena fosse feita e, no dia 27 de janeiro, eles estivessem na sala de aula." Ele disse que muitas escolas não fizeram isso. "Muitas prorrogaram os contratos até dia 19 ou dia 20, o que dificultou a atribuição de aulas por conta da quarentena. E a quarentena é uma disposição legal necessária para que não se caracterize vínculo empregatício", acrescentou Voorwald.
O secretário disse que irá informar ao Ministério Público os dados requisitados. No entanto, ele não informou o número de professores que faltaram na primeira semana de aula. "Eu viajo muito no interior e aqui na capital visitando escolas. Nas escolas onde estive não havia falta de professores."
De acordo com ele, as aulas que não foram ministradas na primeira semana serão repostas no segundo semestre. "Como o segundo semestre é geralmente mais longo, deixamos estrategicamente uma semana para que houvesse possibilidade de um descanso. Já pedi à área pedagógica para que essa semana seja usada pelas escolas que, porventura, tenham tido prejuízo pela ausência de professores."
 

EducAction © 2010

Blogger Templates by Splashy Templates